sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

SUJEITO EM PERMANENTE TRANSFORMAÇÃO



SUJEITO EM PEMANENTE FORMAÇÃO

O sujeito nasce biológico e social, não tem sua subjetividade determinado anteriormente, mas é no seu caminho para o futuro, convivendo em sociedade, por meio das mediações que estabelece e apropria-se de conhecimentos que constituí o sujeito. As aptidões especificamente humanas não se transmitem por hereditariedade, mas se adquirem no decurso da vida por um processo de apropriação da cultura anteriormente criada. É o modo como formamos nossa personalidade, nosso “Eu”, ou como nos constituímos como sujeitos. Seu “Eu” apresenta em ação historicamente situada, qual se faz a partir das relações dialéticas e dialógicas com os outros e com a realidade. Sais (1997, p.4) nos fala que “há no psiquismo uma prioridade essencial do passado, que é aquilo que fomos e que supõe já a transformação do homem, num Eu, contudo, o futuro é fundamental. Sem este futuro o homem não se lança no mundo ou o lançar-se já seria um projeto de fracasso.[...] Um repetir-se.”O homem, por não receber qualquer determinação por natureza, pode construir o seu modo de vida tendo por base a liberdade da vontade, a autonomia para organizar os modos de existência e a responsabilidade pela direção de suas ações, essa característica do ser humano constitui o fundamento da formação do sujeito ético. A educação é o processo integral de formação humana, pois cada ser humano ao nascer, necessita receber uma nova condição para poder existir no mundo da cultura. Esse processo inclui a aquisição de conhecimento que fazem parte da herança da sociedade e que concorreram para que os limites da natureza sejam transpostos. Entre eles se colocam os conhecimentos racionais que promoveram o desenvolvimento científico e cultural da humanidade, e a consciência de que o ser humano é o próprio produtor das condições de reprodução de sua vida e das formas sociais de sua organização e devem ser orientadas pelos princípios da solidariedade, do reconhecimento do valor das individualidades, respeito às diferenças, e pela disciplina das vontades. A escola, como sabemos, é uma agência formadora, surge como uma necessidade social de educar ou introduzir os sujeitos no convívio com os demais. Mas, mesmo sendo uma agência que se propõe a formar, ela não esta indiferente em relação aos problemas que se passa na sociedade. Assim, cabe à escola, na sociedade moderna, criar uma comunhão de idéias e sentimentos entre os membros de uma mesma sociedade, através da internalização na criança da tradição cultural dessa sociedade, dos valores do grupo ou dos grupos aos qual a criança está integrada, em suma, contribuir para a constituição do “eu” social, assegurando, desse modo, a sobrevivência da sociedade.

PEREIRA, Eliana Regina. Pisicoloogia da Educação e Aprendizagem. [e] Juçara Clemens. Centro Universitário Leonardo da Vinci - Indaial, Ed. Grupo UNIASSELVI, 2009.
VYGOTSKY, Lev S. Teoria e método em psicologia. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
MOLON, Susana I. Subjetividade e constituição do sujeito em Vygotsky. São Paulo : Educ, 1999, p. 147-165.

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