RESUMO DO LIVRO:
2º Prova:
DISCIPLINA: ESTRUTURA E
FUNCIONAMENTO DO ENSINO- UNIDADE 1
Ao estudarmos os
sistemas de ensino, compreenderemos parte das questões como as quais iniciamos
a nossa fala.
A atual
Constituição federal é considerada Constituição Cidadã porque, entre outros
fatores, dedica um capítulo só para a educação.
A Constituição
reconhece o direito de todos cidadãos a uma escola de qualidade.
E que
disponibiliza o estudo é um dever do Estado e da família. Assim, se toda criança
em idade escolar deve estar na escola e se nem toda a pessoa teve acesso à
escola na idade própria, entende-se que deve haver instituições de ensino
diferenciadas para atender à demanda. Por isso, como professorar, somos
responsáveis pala socialização de nossos alunos. Este é um processo que deve
ocorrer em parceria com a família. Portanto, a socialização ocorre quando a
família e a escola educam.
SOCIALIZAÇÃO-
PRIMÁRIA- FAMÍLIA/ SOCIALIZAÇÃO SECUNDÁRIA- TRABALHO DA ESCOLA.
O indivíduo se
conscientiza da complexidade cada vez maior da realidade social e da divisão do
trabalho. (Berger e Luckinam (1994).
A socialização
secundária, de responsabilidade da escola portanto, do professor, exige que
este tenha conhecimento mais amplo, que consiga fazer frente á necessidades do
contexto mundial.
O ensino
escolar constitui a forma maior de socialização e de formação nas sociedades
contemporâneas. Os professores constituem, em razão do seu papel estratégico no
processo de socialização, um dos mais importantes grupos de prestação de
serviços. Portanto, lecionar é uma prestação de serviços, de forma a alavancar
a economia das sociedades modernas.
No cenário
mundial, onde os avanços científicos e tecnológicos são rápidos, exige-se
pessoas bem alfabetizadas para serem inseridas de forma ativa nesse contexto.
Quanto menos escolarizado é um povo, mais miséria é gerada. Portanto, para
qualquer nação se desenvolver o trabalho dos professores é determinantes para a
formação de pessoas que possam fazer frente ao crescimento econômico, político
e cultural.
Por isso você
futuro professora, deve conhecer os aspectos legais e jurídicos de
responsabilidade dos sistemas de ensino, além evidente dos conhecimentos
pedagógicos. Essas são as orientações básicas necessárias ao ensino de
qualidade que só será de qualidade mediante o desempenho competente dos
professores.
“O espaço
escolar não apenas é necessário para ensinar a ler palavras, mas antes, como um
espaço que nos ensina a ler a realidade, agir sobre ela para então resultar em
ações transformadoras.” (Freire 2002, p.90)
Sistema aberto- dimensões horizontais e
vertical. Vertical- representa níveis escolares: Educação básica, educação
infantil, ensino fundamental inicial e ensino fundamental final, ensino médio,
ensino superior. Horizontais: indica as várias modalidades de ensino: no nível
superior, diferentes modalidades, presencial, a distância, técnicos,
licenciaturas, bacharelado etc. Sistema
aberto: (sistema escolar) é constituída de elementos não materiais
(objetivos, normas e conteúdos), seu objetivo é proporcionar educação formal em
busca do desenvolvimento intelectual, físico emocional, social, moral do
indivíduo, ou seja, preparar para a vida.
Os INPUTS: alimentam o sistema escolar
são todas as dimensões que a escola recebe da sociedade: os OUTPUTS: refere-se ao que a escola
devolve `a sociedade.
O sistema
escolar, é um sistema aberto que tem como objetivo proporcionar educação
formal, priorizando o desenvolvimento intelectual, mas não descuidando dos
aspectos: físico, emocional, moral e social. INPUTS: são utilizados priorizando
uma educação de qualidade, que vise a uma melhor qualidade de vida para
todos. OUTPUTS: o sistema devolve a
sociedade pessoas de melhor nível cultural, para abastecer os recursos humanos
necessários ao mercado de trabalho, (médico, professores, encanador) e,
sobretudo, devolver a sociedade pessoas mais felizes capazes de administrar
suas vidas com mais qualidade.
A organização da educação nacional é
sustentada pelos conselhos: nacional, estadual e municipal. A educação
brasileira possui apenas dois níveis de ensino: a educação básica e a superior.
A educação básica é de responsabilidade dos municípios e iniciativa privada,
(escolas particulares).
A educação
infantil não é obrigatoriedade de nenhum sistema. Os municípios cabe oferecer,
desde que estejam supridas as necessidades do Ensino Fundamental. O ensino
fundamental, agora de nove anos depende de acordo entre os estados e
municípios, pode ser oferecido tanto por um como pelo outro ou os dois juntos.
Ensino Médio: é de responsabilidade dos Estados, conforme propõe os (PCN)
parâmetros curriculares nacionais, do Ensino médio orientam que os jovem, antes
de obter acúmulo de informações, mais do que dominar apenas conteúdos, aprenda
a se relacionar com o conhecimento de forma ativa, construtiva e criadora.
Educação superior: será ministrada em instituições de ensino superior, públicas
(nacional e Estadual) ou privadas. As instituições de ensino superior podem ser
credenciadas como faculdades, centros universitários e universidade.
Conselho Nacional de Educação (CNE)-
tem sua sede em Brasília, tem como missão assegurar a participação da sociedade
no desenvolvimento, aprimorando e consolidando a educação nacional de
qualidade. O CNE colabora na formulação da Política Nacional de Educação e
exercer atribuições normativas, deliberativas e de assessoramento ao Ministro
da Educação. As Câmaras de Educação básica e de Educação superior, que compõem
o conselho.
Conselhos Estaduais de Educação (CEEs).
Devem constituir-se em instrumentos de assessoramento, sendo provocadores das
discussões básicas sobre a educação municipal. Cabe a esses conselhos
participarem da formulação da política educacional de seu município.
Os principais
documentos de referência para a educação básica são: os PCN, as DCNEI, o RCNEI.
Os PCN- parâmetros curriculares
nacionais, orientam que antes de obter acúmulo de informações, mais que dominar
apenas conteúdos, aprenda a se relacionar com o conhecimento de forma ativa,
construtiva e criadora. Desenvolvendo o educando, assegurando-lhe a formação
comum indisponível para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para
progredir no trabalho e em estudos posteriores.
Os DCNEI- diretrizes curriculares para
educação infantil, compreende as ações de educar e cuidar. Cuidar envolve as
relações afetivo-emocional entre adultos e crianças que partilham os espaços de
educação infantil. O educar envolve as ações planejadas com objetivo de ampliar o desenvolvimento cultural
das crianças.
RCNEI- referencial Curricular Nacional
para Educação Infantil. É um guia de orientação que serve de base para a
elaboração dos projetos educativos das unidades de educação infantil. Sugere
eixos de trabalho para orientar a construção das diferentes linguagens e das
relações que os pequenos estabelecem com o objetivo de conhecimento.
EIXOS:
*identidade e
autonomia- conhecer ser único e social, suas capacidades e limitações.
*natureza e
sociedade - explorar o meio ambiente considerando o meio social e natural.
*movimento-
explorar movimentos, gestos e ritmos do corpo.
*arte visual-
desenvolver a sensibilidade para a linguagem plástica, através da exploração de
materiais e objetivos.
*linguagem
oral e escrita- estimula a comunicação oral e escrita, ampliando a comunicação
e expressão.
*música-
vivenciar o ritmo, sons, melodia e harmonia dos diferentes tipos musicais.
*matemática-
compreender noções do cotidiano.
As discussões das questões sociais no
âmbito escolar são feitas com o auxílio dos temas transversais. Para formar
indivíduos par ao exercício da cidadania, a escola precisa considerar a
realidade social. A discussão destas questões sociais é relevante na vida
cotidiana do país. Os problemas sociais são integradas na proposta educacional
dos PCN.
Temas transversais: ética, saúde, meio
ambiente, pluralidade cultural, orientações sexual, trabalho e consumo.
Ao discutir as
relações interpessoais, traz para os professores e escola uma responsabilidade
maior, pois envolve a discussão de valores e princípios. Por meio do projeto educativo,
a posição da escola frente a questões sociais deve ser clara, e suas ações
coerentes. É preciso tomar cuidado para não tratar os valores apenas como
conceitos idéias, mas sim reais.
1ª PROVA DE 10 PERGUNTAS OBJETIVAS- UNIDADE 2
1-ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DO SISTEMA EDUCACILONAL
BRASILEIRO
O sistema de Ensino no país é composto pela
Administração Federal, representada pelo Ministério da Educação - MEC, pelos
sistemas dos estados e do Distrito Federal e pelos sistemas municipais. O
ministério da Educação MEC organiza as políticas para Educação Infantil: Ensino
fundamental, médio, educação de jovens e adultos, educação indígenas, educação
especial. Educação a Distância, Ensino Superior. A União compete autorizar, reconhecer e credenciar, supervisionar e
avaliar os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos
do sistema de ensino. Estados E
Distritos: cabe assegurar o Ensino fundamental e oferecer prioritariamente
o Ensino Médio, são responsáveis pelas redes de escolas, incluindo as
particulares. OS Municípios: tem
como prioridade atender o ensino fundamental, podendo criar seu próprio sistema
de ensino, vários estudiosos, dizem que é um modo do estado se desobrigar da
educação do pais.
Integram a administração estadual: a Secretaria
de Educação e os Conselhos Estaduais
de Educação. A Secretaria de Educação, que desempenha função executiva, e
os Conselhos Estaduais de Educação, cujas funções são especificamente
normativas. Ou seja, os Conselhos Estaduais de Educação deliberam, decidem,
determinam as questões de educação no Estado.
Os conselhos Municipais de Educação (CME)
exercem o papel de articuladores e mediadores das questões educacionais da
sociedade local (problemas sociais), com os gestores do poder público municipal,
(prefeito). São órgãos de ampla representatividade, com funções normativas,
consultiva, mobilizadora e fiscalizadora. Ocupam posição fundamental na
efetivação da gestão democrática dos sistemas de ensino, bem como na
consolidação da autonomia dos municípios no gerenciamento de suas políticas
educacionais.
O Sistema Municipal de Educação (SME) é
composto pelos seguintes elementos: Instituições públicas municipais de
educação básica; instituições privadas de Educação Infantil; Secretaria
Municipal de Educação; Conselho Municipal de Educação (CME); Conselho Municipal
do FUNDEF, o qual pode integrar o CME como câmara; Conselho Municipal da
alimentação escolar. Cada sistema de ensino atua em função das necessidades e
dos objetivos específicos de sua região e submetidos às diretrizes gerais da
Educação Nacional. Para o município, existem duas alternativas para a
organização do sistema municipal de educação (SME): Ensino próprio - o município tem autonomia do ensino, as estruturas
legais são adequadas às peculiaridades locais, agilidade aos processos, envolve
lideranças locais e a comunidade local. Ensino
Estadual - deve manter seu compromisso, devendo destinar, no mínimo 25% de
sua receita de impostos, para manutenção e desenvolvimento do ensino. É
necessário formar um conselho municipal de educação (CME), mas são mantidas as
normas do Sistema
Estadual de Ensino, perde sua autonomia.
Estadual de Ensino, perde sua autonomia.
A União Nacional dos Dirigentes Municipais
(UNDIME) é a entidade nacional que congrega os dirigentes municipais de
educação, com sede em Brasília, de onde comanda a participação de seus
afiliados e parceiros, destacando as ações que tenham por objetivo central a
formulação de políticas educacionais. É uma entidade responsável pela gestão de
um dos setores mais importantes de promoção à cidadania. Sua atuação está voltada
ao município, à comunidade, amparando as políticas educacionais dos municípios.
O Programa de apoio aos Dirigentes
Municipais de Educação (PRADIME), é um programa criado com o objetivo de
fortalecer e apoiar os dirigentes da educação municipal na gestão dos sistemas
de ensino e das políticas educacionais. Este programa foi criado com o objetivo
de fortalecer e apoiar os dirigentes da educação municipal na gestão dos
sistemas de ensino e das políticas educacionais. O intuito do programa é
contribuir para o avanço em relação as metas e aos compromissos do Plano
Nacional de Educação (PNE) e do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).
O Plano Municipal de Educação (PME)
estabelece diretrizes e metas para todos os níveis e modalidades de ensino do
município, até o ensino médio e superior que não são de sua responsabilidade.
Para garantir o diagnóstico da realidade de forma mais fiel possível, verifica
a necessidade de participação de todos os segmentos da sociedade num trabalho
democrático. Ele tem caráter POLÍTICO: porque há a participação da sociedade na
apresentação de propostas e sugestões; TÉCNICO: porque contempla aspectos
estatísticos, demográficos, educacionais, avaliação, infraestrutura, dados
qualitativos, plano de carreira, entre outros fatores das redes municipal,
estadual e particular daquela comunidade.
Por que se entende que não existe sistema
de ensino em nível federal?
No contexto da
estrutura federativa brasileira, em que convivem sistemas educacionais
autônomos, estes atuam num regime de
colaboração que efetiva o projeto de educação nacional. União Estados e
Distrito Federal e Municípios, cada qual com suas peculiaridades e competências
em regime de colaboração entre todos eles, efetivando um regime federativo e cooperativo na educação escolar. Manter o
regime de colaboração pressupõe o estabelecimento de regras, normas,
supervisão, avaliação nacional respeitando a autonomia de cada sistema e as
diferenças regionais. Essa articulação é necessária para manter a unidade e a
qualidade pretendida na educação de um país tão vasto, desigual. Criar um
sistema nacional de Educação exigiria ações administrativas muito difíceis no
sentido de se conseguir uma educação mais igualitária.
Que papel desempenha o Conselho Municipal de
Educação em relação ao Plano Municipal de Educação?
O Conselho
Municipal de Educação (CME) exercem o papel de articuladores e mediadores das
questões educacionais da sociedade local, possibilitando cada vez mais a
participação da sociedade nas políticas educacionais. A participação da
sociedade civil na avaliação e fiscalização das políticas educacionais,
implementadas pelos diversos sistemas de ensino do país. O CME deve reunir
pessoas que ao mesmo tempo conhecem o seu município, o seu bairro e os problemas
mais amplos do desenvolvimento local. O Conselho Municipal de Educação
desempenha importante papel na busca de uma inovação pedagógica que valorize a
profissão docente e incentive a criatividade na educação voltada para atuar com
desafios do município em oferecer um ensino de qualidade. O conselho municipal
deve desenvolver um trabalho criativo, pois a realidade é diferente em cada
município.
2-ESTRUTURA E
FUNCIONAMENTO DA ESCOLA NO CONTEXTO DA LEI DE DIRETRIZES E BASES (LDB) Nº
9.394/96 E LEGISLAÇÃO VIGENTE.
A gestão democrática da educação,
reivindicada pelos movimentos sociais durante o período da ditadura militar,
tornou-se um dos princípios da educação na Constituição brasileira de 1988,
abrindo uma perspectiva para resgatar o caráter público da sua administração. O
novo período restabelece o controle da sociedade civil sobre a educação e a
escola pública. As principais ações que evidenciam esse sistema mais
participativo são: a eleição de dirigentes escolares e os conselhos escolares;
a garantia da liberdade de expressão, de pensamento, de criação e de
organização coletiva na escola; e a abertura para a luta por condições
materiais para aquisição e manutenção dos equipamentos escolares, bem como por
salários dignos a todos os profissionais da educação. A Gestão democrática
passou a fazer parte das ações da instituição como direitos concretos de
cidadania. A democratização da educação exige a descentralização e autonomia
das unidades escolares. De nada adianta a autonomia se não se consegue
mobilizar adequadamente a comunidade escolar em busca da concretização de um
ensino consistente, visando à aprendizagem mínima necessária ao enfrentamento
dos desafios do mundo atual.
Os Conselhos Escolares são órgãos
colegiados que têm, em geral, na sua composição, representantes da direção,
dos professores, dos especialistas em assuntos educacionais, dos pais, dos
alunos, dos funcionários eleitos e seus suplentes, e tem como atribuição
deliberar sobre questões político-pedagógicas, administrativas, financeiras, no
âmbito da escola. O papel do conselho escolar ou conselho de escola é de
contribuir para que o estabelecimento de ensino consiga superar suas
dificuldades em busca do sucesso educacional. Para que isso seja possível, suas
funções são muito importantes. Funções do Conselho Escolar (deliberativo): DELIBERATIVA: Decidem sobre o Projeto
Político-Pedagógico (PPP), aprovam encaminhamentos para a solução de problemas;
garantem a elaboração de normas internas e funcionamento dos aspectos
pedagógicos, administrativos ou financeiros. CONSULTIVA: tem caráter de assessoramento, fazendo sugestões e
soluções. FISCAIS: acompanham e
avaliam a execução das ações pedagógicas, administrativas e financeiras. MOBILIZADORA: quando incentivam a
participação de todos os segmentos da escola, garantindo a democracia
participativa na busca da qualidade educacional. As escolas vêem o Conselho
Escolar como um grande aliado na luta pelo fortalecimento da unidade escolar e
pela democratização das relações escolares.
O Projeto Político-Pedagógico (PPP)
define a identidade da instituição, portanto é o documento mais importante da
escola. O PPP é um projeto político, porque através dele a instituição estabelece o
tipo de sociedade e de ser humano que deseja ajudar a construir. É Pedagógico, porque firma o ideal se sua
prática para dar significado ao esforço que vai desencadear. A elaboração do
projeto político-pedagógico requer um planejamento como processo científico de
intervenção na realidade, visando à superação de problemas através da proposição
de respostas, bem como a sistematização administrativa e pedagógica do espaço
escolar. O PPP deve propor rumos, horizonte para uma educação melhor e os
caminhos que serão necessários trilhar para alcançar o resultado social da
escola.
O PPP é um projeto político, porque
através dele a instituição estabelece o tipo de sociedade e de ser humano que
deseja ajudar a construir, e isto aparece no marco referencial situacional, e
no marco situacional doutrinal ou teórico. Referencial
situacional: compreendem a sociedade atual, pois se entende que é o
contexto onde a escola está inserida, o papel da escola é servir a sociedade.
Em suma apresenta uma análise crítica sobre os problemas existentes na escola e
descreve o funcionamento da escola e vê esperança para resolução dos problemas. Marco doutrinal (escolha): estabelece
como dimensionar o trabalho pedagógico, ou seja, define as ações em termos de
gestão (Associação de Pais e Mestres, Conselho Escolar), formação continuada
dos trabalhadores da educação, parcerias dentre outros.
O PPP é um projeto pedagógico, visto
que firma o ideal de sua prática, e suas ações são descritas no marco
operativo, diagnóstico e programação. Marco
operativo: propõe a transformação da realidade existente em busca da
realidade desejada. Diagnóstico:
procura responder as perguntas, as perguntas devem estar de acordo com que se
queira melhorar. Programação:
consiste numa proposta de ação para diminuir a distância entre a realidade
planejada e a realidade desejada, para isso é proposto ações para sanar as
necessidades apresentadas pelo diagnóstico.
O desafio maior na elaboração deste
documento (PPP) está no fato de ser uma construção coletiva, o que exige
saber trabalhar em
equipe. Visto que encontramos grandes dificuldades no
envolvimento dos professores, diretores, supervisores, orientadores,
coordenadores, serventes, pais e comunidade, ligados com a educação, em busca
de soluções comuns para uma educação de qualidade.
Reflita como a escola tem se adequado
diante das mudanças da estrutura familiar a partir do texto abaixo. Conclua sua
reflexão indicando de que forma as
escolas podem contar com a participação das famílias na consolidação da gestão
democrática participativa.
(...) A socialização primária que
ocorre no seio da família não é homogênea, pois o modelo da família ocidental
deste início de século apresenta-se em crise, tanto no que concerne às relações
familiares (família reconstituídas ou monoparentais), quanto em termos de desestruturação
econômica, social e cultural. A realidade familiar nas sociedades
contemporâneas está permeada por casamentos desfeitos, novos casamentos,
acrescidos dos descendentes das novas relações. Pais e filhos buscam adequar-se
aos novos laços matrimoniais e sociais, envolvendo-se numa rede de relações
onde todos aprendem, se produzem e se reproduzem. Como se pode ver a preparação
para a educação escolar ocorre num ambiente marcado por múltiplas expectativas,
as quais exercerão um papel determinante na preparação profissional,
vislumbrada pelos processos de socialização secundária e pelos programas de
formação contínua (KUROSKI, 2003, P.14)
R: Para que a
participação seja realidade, são necessários meios e condições favoráveis. É
preciso repensar a cultura escolar e os processos (normalmente autoritários) de
distribuição do poder no seu interior, o que representa um processo a ser
construído coletivamente. A participação consolida-se no exercício do diálogo
entre as parte, onde pessoas com diferentes formações e habilidades são os
agentes dotados de distintas competências para a construção de um plano
coletivo e consensual de ação (PPP).A escola deve saber valorizar as diferenças
encontradas na comunidade onde está instalada, pois a escola forma indivíduos
para essa sociedade, com intuito de melhorar os problemas sociais, culturais e
econômicos, pois pessoas instruídas tem empregos melhores.
3-ESPAÇÕS
COLETIVOS DE DECISÃO? CONSELHO DE CLASSE, PAPEL DO GESTOR, PAPEL DOS
ESPECIALISTAS, CONSELHOS ESCOLARES.
Os espaços coletivos de decisão são:
conselhos de classe e conselhos escolares. O Conselho de Classe supõe que os professores trabalhem a parte do
marco operativo (realidade existente e realidade desejada) de sua disciplina,
área de estudos ou série, para que possam avaliar seu próprio trabalho, a
atuação da turma dos alunos e propor novas ações, atitudes rotinas e regras.
Tudo o que é discutido no conselho dever ser registrado por escrito, por cada
professor, pois vai constituir elemento importante para o diagnóstico do plano
da sala de aula que ele está desenvolvendo. Conselho Escolar é de contribuir para que o estabelecimento de
ensino consiga superar suas dificuldades em busca do sucesso educacional.
Um processo democrático de decisão
caracteriza a autonomia da escola.
Ao realizar o
exercício do diálogo entre as partes, o gestor (diretor) precisa levar em conta
que isso ocorrerá entre pessoas com diferentes formações e habilidades,
portanto configura-se como agente dotado de distintas competências para a
construção de um plano coletivo e consensual de ação. Por isso o gestor precisa
desenvolver um perfil de competências múltiplas par saber conduzir o processo
de compartilhamento de autoridade e de poder. Embora as responsabilidades sejam
assumidas em conjunto, vai depender da eficácia da condução do processo o
sucesso da empreitada escolar. A decisão partilhada é forma de descentralizar o
poder. Caracteriza a autonomia por que estará levando em consideração a
realidade social daquela comunidade onde a escola está inserida.
Decisões compartilhadas exigem conhecimento
dos mecanismos de registro, acompanhamento e tomada de decisões.
A decisão
partilhada é uma forma de conduzir e garantir mecanismos e condições para que
os espaços de participação, partilhamento e descentralização do poder ocorram
nas seguintes dimensões do processo educativo: luta pela progressiva autonomia
da escola; fortalecimento da participação dos estudantes, construção coletiva
do projeto político-pedagógico; discussão e implementação de novas formas de
organização e gestão; garantia de financiamento da educação e da escola nos
diferentes níveis e modalidades.
Documentos relativos a : calendário
escolar, verificação do rendimento, freqüência, diário de classe, recuperação
paralela e histórico escolar devem ser
rigorosamente registrados e arquivados na unidade escolar. Eles devem
permitir consultas a qualquer tempo, por isso seu arquivamento deve obedecer a
normas rígidas instituídas pela unidade escolar. Calendário escolar: é indispensável, tem carga horária mínima de
800 horas em no mínimo 200 dias de efetivo trabalho escolar. Verificação de rendimento: a avaliação
de ser continuada e cumulativa, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre
os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais
provas finais. Freqüência: a
aprovação do aluno está condicionada ao mínimo de 75% de freqüência às aulas. Diário de Classe: é o documento mais
importante do professor, ao registrar notas, faltas, conteúdos ministrados nas
aulas, objetivo, torna-se um instrumento de acompanhamento de avaliação
formativa, permite diagnosticar dificuldades dos alunos, programar a
recuperação paralela, informar os pais sobre o rendimento escolar dos filhos e,
acima de tudo, ser um documento legal que ampara a ação do professor e
ratificar o parecer final quanto à aprovação ou reprovação. Recuperação paralela: visa oferecer
novas oportunidades de aprendizagem ao aluno para superar deficiências ao longo
do processo de ensino e aprendizagem em provas, atividades, tarefas, testes, de
preferência em período paralelo as aula. Será ofertada aos alunos com
insuficiência no rendimento durante o processo regular de aprovação de
conhecimentos e do desenvolvimento. Histórico
escolar: de responsabilidade da escola, deve apresentar o registro de
identificação da unidade escolar, do aluno e de sua vida escolar, indicando o
processo de classificação ou reclassificação a que o aluno possa ter sido
submetido na escola.
2º Prova: DISCIPLINA:
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO ENSINO- UNIDADE 3
Tópico 1-POLÍTICAS
PÚBLICAS: é um processo social que visa a realização de projetos que atenda as
necessidades de toda sociedade.
É forma
própria do estado formular a partir de suas leis e princípios gerais: formular,
planejar, agir, implementar projetos sociais e ações no sentido de atender às
necessidades da população. Portanto, referem-se às definições sobre a
distribuição do dinheiro público tendo como base programas e políticas de
estado.
As políticas
públicas decidem as formas de distribuição do dinheiro público e da
implementação dos meios de consumo coleto de serviços básicos: água, saneamento
básico, escola, saúde, lazer, transporte, assistência. Cada um desses serviços
tem sua distribuição definida pela política setorial correspondente, nos níveis
nacional, estadual e municipal.
Políticas de
Estado: são aquelas que devem ser cumpridas independente dos governos que estão
no poder. Só elas podem alcançar resultados duradouros. As políticas públicas
em educação constituem-se em grandes desafios para que sejam implementadas com
sucesso.
As mais
importantes políticas públicas dizem respeito diretamente à sua atuação em sala de aula são: as
políticas de:
*inclusão
*educação de
jovens e adultos
*educação
infantil
*ensino
fundamental 9 anos
*avaliação
*fundeb
*gestão
demográfica da educação.
Só teremos
sucesso na consolidação do ensino fundamental de nove anos, por exemplo, se
conhecermos bem os documentos que orientam sua implementação: por exemplo, o
livro que nos traz muitas informações sobre inclusão da criança de seis anos no
ensino fundamental.
Como organizar
o dia a dia dessas turmas? Até então a criança de seis anos freqüentava a
educação infantil e agora passa a freqüentar o primeiro ano do ensino
fundamental, tornando-se necessário portanto, adequar o espaço escolar para
atender essas crianças no que se refere a materiais didáticos, mobílias a
equipamentos, exigindo o desenvolvimento de ações administrativas, financeiras,
pedagógicas e de recursos humanos, envolvendo todos os profissionais que atuam
neste nível de ensino.
Consulte também
as novas diretrizes curriculares nacionais para o ensino fundamental de nove
anos, através da resolução número 7 de 14 de dezembro de 2010.
Não é um processo simples: os espaços
educativos, principalmente as salas de aula, precisam ser renovados e preparados
para atender as crianças de seis anos do
ensino de nove anos e, ainda, as crianças que já estavam nos anos iniciais na
etapa de oito anos. Mas não é só isso: o PPP deve ser reformulado, os
currículos adequados, o brincar deve ser recolocado no Currículo. Percebe como
uma política pública, ao ser implementada, exige estudos profundos do
professor? Você consegue identificar a importância de estudos a estrutura e o
funcionamento do ensino par atender essa proposta de mudança?Você sabe como
devemos avaliar as crianças de seis anos que chegaram ao ensino fundamental?
Aliás, o que é avaliar?
Necessidade de
usos da avaliação.
*professora:
problematização, questionamentos, reflexão sobre a ação. Avaliar a aprendizagem
do aluno é avaliar a intervenção o professor.
*aluno:
instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e
possibilidades de reorganizar sua aprendizagem.
*escola:
possibilita definir propriedades e localizar que aspectos educacionais demandam
maior atenção, bem como refletir continuamente sobre a ação educativa, visando
a obtenção do sucesso desse processo.
Documentos oficiais : o parecer CNE/CEB
n167 4/2008 orienta, sobre os três anos iniciais do ensino fundamental de 9
anos, afirmando que estes são voltados à alfabetização e ao letra mento
portanto “alfabetizar letrando” (Brasil, 2006 p.71). que é este parecer que nos
diz que para o ensino fundamental de nove anos é preciso:
*projetos
político-pedagógico próprio
*matrícula
obrigatória da criança de 6 até 2010
*reorganização
da educação infantil particularmente da pré-escola
*o primeiro
ano (de seis ano) é parte integrante de um ciclo de três anos de duração
chamado ciclo da infância..
Vamos
estabelecer metas de ensino para que aprendizagem seja eficaz.
POLÍTICA: é o processo social através
do qual o poder coletivo é gerado, organizado, distribuído e usado nos sistemas
sociais. Isto significa dizer que políticas são as decisões tomadas por
determinado grupo para realizar seus projetos, por exemplo, o projeto
educacional, o projeto político-pedagógico de uma escola. A Política refere-se
à vida na cidade, as regras de organização e convivência, as decisões sobre os
rumos a serem tomadas pelo governo dos cidadãos.
Políticas educacionais: está
diretamente relacionada com outras políticas, como a política de assistência às
famílias, de atendimento à criança e ao adolescente etc.
O Estado, com suas instituições, permanecem
ao longo de sua história, ele é permanente, é constituído por um conjunto de
instituições (governo, forças armadas, funcionalismo público etc.) que exercem
o poder político numa sociedade. Estado brasileiro é composto pelo poderes:
executivo, legislativo e judiciário. (executivo: presidente, prefeitos;
legislativo: deputados, senadores, etc. judiciários os juízes).
O Governo: é transitório e é formado
por grupos que se alteram no poder, presidente, senadores, deputados que
representam partidos políticos, quando eleitos assumem os poderes Executivo e
Legislativo.
A Globalização: é a aproximação,
cultural, econômica e comercial entre diferentes países do mundo. Ela acentuou
ainda mais as diferenças sociais, devido a exclusão de bilhões de seres humanos
que não tem acesso a educação, não consegue produzir riquezas suficiente para
melhorar a qualidade de vida de seu povo. A globalização beneficia apenas
grupos economicamente forte, ou seja a minoria.
Essa minoria possui tecnologia e insfraestrutura, profissionais
capacitados e equipamentos para produzir produtos de interesse global. A
educação viria com missão de preparar e instruir os profissionais para a
execução de trabalhos especializados, se as pessoas dos países pobres fossem
instruídos, eles seriam aptos a desenvolver e produzir produtos de interesse do
mercado mundial. O Brasil possui algum domínio tecnológico, que o torna capaz
de produzir vacinas, aviões e satélites artificiais, entre outras coisa, mas
apresenta dezenas de milhões de pessoas vivendo em situação de pobreza e
miséria, isto se deve ao fato de a
globalização beneficiar apenas a minoria, acentuando a má distribuição
de renda e a conseqüente desigualdade social.
Neoliberalismo: é o mercado que dita as
regras e conduz a produção, as mercadorias acabam não sendo produzidas de
acordo com as necessidades da população e sim de acordo com as necessidades do
mercado. As riquezas das populações desenvolvidas não transbordaram para as
mais pobres. O que acontece então? Basta o exemplo, que não é incomum, de
produtores que destroem alimentos para que seu preço se mantenha alto no
mercado. Enquanto isto, milhões de pessoas morrem de fome nos cinco continentes
e o excedente de produção, que poderia ser direcionado a estes povos, é
destruído para que seu valor de mercado não seja prejudicado.
Os reflexos da globalização agravam as
desigualdades sociais. Explique de que forma a educação pode interferir para
minimizar essa questão. A globalização agrava a desigualdade social, porque
beneficia a minoria que possui tecnologia, infraestrutura profissionais
capacitado e equipamentos para produzir produtos de interesse global. A
educação viria com missão de preparar e instruir os profissionais para a
execução de trabalhos especializados. Se as pessoas dos países pobres fossem
instruídas, eles seriam aptos a desenvolver e produzir produtos de interesse do
mercado mundial.
TÓPICO 2
A globalização se faz sentir também na
educação formal. Entretanto, nem todos têm acesso às inovações trazidas
pela tecnologia e pelos avanços científicos dela decorrentes. Quanto mais
cresce um pois, mais facilidades ele tem em proporcionar conforto e qualidade
de vida ao seu povo, mas nem sempre esses benefícios chegam a todos. Como os
benefícios decorrentes da globalização não chegam a toda a população, muitos
países empobrecem na mesma medida em que outros crescem e enriquecem, pois, se
não houver investimento em educação, as indústrias e empresas em geral acabam
se tornando obsoletas e não competitivas. Um país pobre investe pouco em educação. O resultado
aparece com uma educação de má qualidade, em geral os alunos mal lêem ou
escrevem, formando o analfabeto funcional. O analfabeto funcional não consegue
se inserir no mercado de trabalho qualificado, pois são incapazes de exercer
funções que exigem conhecimento tecnológico.
O PDE (plano de desenvolvimento da
educação) apresenta ações que têm o objetivo de melhorar a educação oferecida às crianças,
jovens e adultos. O PDE está fundamentada na descentralização administrativa,
pedagógica e financeira das unidades escolares, cujo propósito é o de
compartilhar responsabilidades e minimizar os gastos. O PDE sistematiza várias
ações, em torno de quatro eixos: educação básica, superior, profissional e
alfabetização, voltadas para uma educação eqüitativa e de qualidade. O PDE
dispõe de um termômetro de qualidade da educação básica, denominado índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). A partir da análise dos indicadores
do IDEB, o MEC oferece apoio técnico ou financeiro aos municípios com índices
insuficientes de qualidade de ensino. Todos os municípios brasileiros aderiram
ao programa, possibilitando uma visão global do desempenho das escolas
brasileiras, rumo à pretendida qualidade escolar. Portanto todos os municípios
e estados do Brasil se comprometeram a atingir metas como a alfabetização de
todas as crianças até, no máximo, oito anos de idade. Para isso os municípios
devem aderir ao PAR ( plano de ações articuladas). Para saber como está o índice
de desenvolvimento da educação básica (IDEB) é utilizados dois indicadores: o
fluxo escolar (passar ou reprovar) e o desempenho dos alunos, que é avaliado
pelo programa educacenso e o desempenho dos alunos, pela prova Brasil, nas
áreas de língua portuguesa e matemática. A prova Brasil pretende retratar a
realidade de cada escola, detectando as dificuldades de aprendizagem e
mensurando as competências construídas e habilidades desenvolvidas pelos
estudantes.
O PNE (plano nacional de educação)
apresenta um conjunto de diretrizes e metas para os níveis e modalidades de
ensino, formação de professores e valorização do magistério e o financiamento e
gestão, para um prazo de dez anos. Tem como meta: *erradicação do
analfabetismo; *universalização do atendimento escolar; * melhoria da qualidade
do ensino; *formação para o trabalho; *promoção humanística, científica e
tecnológica do país.
Piso salarial nacional: representa o
resgate do pacto nacional pela valorização do magistério e qualidade da
educação. Ambos deram origem à Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008. para que
as políticas educacionais possam ser colocadas em prática são destinados
recursos através do FUNDEB. Pelo menos
60% dos recursos do FUNDEB devem ser destinados anualmente à remuneração
dos profissionais do magistério em efetivos exercícios e a parcela restante
deve ser destinada para obras de manutenção e construção de escolas e compra de
equipamentos. O salário será de 950 reais para 40 horas semanais. Quem já tem
um piso maior não será diminuído. Será a primeira categoria a ter um piso salarial
nacional.Políticas sociais- são essenciais atendendo as necessidades da
população em educação, saúde, habitação, assistência e lazer, mas ela depende
da política econômica, pois é ela que define o quanto vai ser aplicado de
dinheiro , na política social e nas outras.
As fontes de recurso
do FUNDEB:
20% dos principais impostos e transferências dos estados e municípios;
Fundo de participação dos estados (FPE)
Fundo de Participação dos Municípios (FPM)
Imposto de circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS
Imposto sobre Produtos industrializados proporcional às
Exportações (IPIexp)
Desoneração das exportações prevista na Lei Complementar nº
87/96 (Lei Kandir)
Imposto de propriedade de veículos automotores (IPVA)
Imposto de transmissão de causa mortis e doações (ITCMD)
Cota parte municipal do imposto territorial rural (ITR)
Por que o FUNDEB não
dá conta de oferecer uma educação de qualidade?
O FUNDEB é apenas mais uma proposta de racionalização de
gastos públicos segundo uma lógica quantitativista e se baseia no pressuposto
de que os recursos são suficientes, porém mal distribuídos entre os governos
(DAVIES, 2008, p. 9). Todo município deve ter um conselho municipal
fiscalização do FUNDEB, que deve acompanhar a aplicação dos recurso no
município. O conselho deve fiscalizar para saber se o dinheiro está sendo
aplicado no lugar devido, ou seja na educação. Caso haja irregularidade nas
contas municipais relacionadas ao FUNDEB, o conselho deve solicitar revisão das
contas com os poderes locais e se não for atendido, deve encaminhar a denúncia
ao tribunal de contas ou ao Ministério Público.
3º TÓPICO:
Na instituição brasileira, em que convivem sistemas educacionais autônomos, faz-se
necessária a institucionalização de um regime de colaboração que dê eficiência
ao projeto de educação nacional voltado para uma educação de qualidade. A
descentralização da gestão da educação no Brasil tem sido assunto recorrente
para superar a herança colonial da centralização do poder e das decisões na
administração pública brasileira, permitindo que o estado e municípios
desenvolvam competências para o gerenciamento de suas políticas públicas sociais,
dentre as quais de educação. Desta forma cumprem-se os preceitos
constitucionais da descentralização via municipal, fortalecidos pelo processo
de redemocratização do pais, onde se destacam: o regime de colaboração,
municipalização e poder local, participação da sociedade.
Uma escola de
qualidade é aquela onde os alunos adquirem conhecimentos e habilidades
diversas que os capacitem a compreender o mundo, permitindo-lhes intervir
criticamente no contexto em que vivem, transformando o contexto social,
voltando à construção de um mundo melhor, sustentável e que dá oportunidade a
todos. Uma escola boa é aquela em que os alunos aprendem coisas essenciais para
sua vida, como ler e escrever, resolver problemas matemáticos, conviver com os
colegas, respeitar regras, trabalhar em grupo.
Os indicadores da
qualidade na educação diagnosticam o nível de qualidade (ou baixa
qualidade) das escolas de um município ou região. Esses INDICADORES UTILIZADOS NO Brasil são PISA,
avaliação internacional-realizada a cada dois anos, por amostragem; a ANEB –
SAEB, realizada por amostragem, a cada dois anos; e a ANRESC- prova Brasil-
aplicada anualmente a todas as escolas, gerando os índices divulgados pelo IDEB
que variam numa escala de 1 a
10. as escolas e municípios que alcançaram baixos índices no IDEB recebem apoio
técnico ou financeiro desde que tenham aderido ao compromisso todos pela
educação e ao plano de ações articuladas (PAR). O Estatuto da criança e do
adolescente (ECA) é importante mediador para a elevação do IDEB, à medida que
assegura a escolaridade básica, com qualidade a todas as crianças e colabora
com a sua permanência na escola, evitando a evasão.
AÇÕES ADOTADAS POR
ESCOLA QUE OBTIVERAM SUCESSO NO IDEB.
O IDEB é uma política publica que trabalha com metas e que
leva em consideração a analise dos determinantes históricos sociais e
econômicos da sociedade para poder estipular resultados de acordo com a
realidade e com as possibilidades concretas de enfrentamento de problemas e
superação das dificuldades. Como diz Luckesi 1995
O ato de avaliar tem,
basicamente, três passos: Conhecer o nível de desempenho do aluno em forma de
constatação da realidade. Comparar essa informação com aquilo que é considerado
importante no processo educativo. (qualificação)-Tomar as decisões que
possibilitem atingir os resultados esperados. (p,148)
.
E esse
fato evidenciado em torno dos baixos índices apresentados nas capitais e
municípios foi o que levou o governo federal a intervir nos sistemas de
educação com aplicação de avaliação e disponibilização de recursos com o
objetivo de amenizar esses problemas que tanto incomoda o governo, educadores,
e sociedades de todo o Brasil.
O
município de Palmas, na busca de amenizar essa problemática que é o processo de
avaliação assumiu em sua política educacional, o compromisso com alguns
programas que servem de suporte para o alcance das metas do IDEB como:
·
Sala de apoio à
aprendizagem que funciona no contra turno, onde os professores reforçam os
alunos com atividades de leitura, escrita e conhecimentos matemáticos;
·
Gestão democrática na
escola e participativa nas tomadas de decisões;
·
Infra-estruturas nas
escolas, reformas e ampliação, construções de quadras escolares, transporte
escolar e alimentação que fica a cargo da Secretaria de Educação do município;
·
Recursos didáticos e
pedagógicos: TV, laboratório de informática materiais didáticos e outros para
enriquecer e dinamizar as aulas.
·
Valorização de
professores com plano de carreira, gratificação por regência de classe e
formação continuada;
·
Projetos: Mais
Educação, Salas Integradas com oficinas variadas tudo voltada para levantar a
auto-estima e melhorar o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos que
apresentam dificuldade em algumas disciplinas e não consegue acompanhar os
conteúdos curriculares das instituições.
Os indicadores da
qualidade da educação:
*ambiente educativo:
a escola é um espaço de ensino, aprendizagem, vivência de valores. No ambiente
educativo, o respeito, a alegria, amizade e a solidariedade, a disciplina, a
negociação, o combate à discriminação e o exercício dos direitos e deveres são
práticas que garantem a socialização e a convivência, desenvolvem e fortalecem
a noção de cidadania e de igualdade entre todos.
*prática pedagógica e
avaliação: por meio de uma ação planejada e refletida do professor no dia a
dia da sala de aula, a escola realiza seu maior objetivo: fazer com que os
alunos aprendam a adquiram o desejo de aprender cada vez mais e com autonomia.
Para atingir esse objetivo é preciso focar a prática pedagógica no
desenvolvimento dos alunos, o que significa observa-los de perto, conhece-los,
compreender suas diferenças, demonstrar interesse por eles, conhecer suas
dificuldades e incentivar suas potencialidades.
* ensino e
aprendizagem da leitura e da escrita (EF): ensinar a ler e a escrever é uma
das principais tarefas da escola. a leitura e a escrita são muito importante
par que as pessoas exerçam seus direitos, possam, trabalhar e participar da
sociedade em cidadania, informar-se aprender coisas novas ao longo de toda
vida.
*gestão escolar
democrática: compartilhamento de decisões e informações, deixando claro
para a comunidade como são usados os recursos da escola.
*formação e condições de trabalho: é necessário a formação
continuada dos professores, estabilidade no emprego, adequada relação entre o
número de professores e o número de alunos, salários condizente com a
importância do trabalho.
*ambiente físico
escolar: ambientes físicos escolares de qualidade, afim de atender os
alunos, pais e comunidade e além de boas condições de trabalho para professores
, diretores e funcionários em geral.
*acesso e permanência dos alunos: como fazer para que os
alunos permaneçam na escola e terminem seus estudos, para isso é necessário
saber, porque eles largam seu estudos? Por que eles faltam tanto? Quais as
dificuldades dos alunos? Etc.
Qualidade
da educação na sociedade da informação
Vivemos hoje numa sociedade de redes e de movimentos,
uma sociedade de múltiplas oportunidades de aprendizagem, chamada de “sociedade
aprendente”, uma sociedade de “aprendizagem global”, na qual as conseqüências
para a escola, para o professor e para a educação em geral, são enormes.
Tornasse fundamental aprender a pensar autonomamente, saber comunicar
se, saber pesquisar, saber fazer, ter raciocínio lógico, aprender a trabalhar
colaborativamente, fazer sínteses e elaborações teóricas, saber organizar o
próprio trabalho, ter disciplina, ser sujeito da construção do conhecimento,
estar aberto a novas aprendizagens, conhecer as fontes de informação, saber
articular o conhecimento com a prática e com outros saberes. Aqui aplicasse o
princípio de Einstein quando ele sustenta que, no desenvolvimento científico “a
imaginação é mais importante do que o conhecimento”. Importante criar
conhecimento e não reproduzir informações. Nesse contexto de impregnação da
informação, o professor é muito mais um mediador do conhecimento, um
problematizador. O aluno precisa construir e reconstruir o conhecimento a
partir do que faz. Para isso, o professor também precisa ser curioso, buscar
sentido para o que faz e apontar novos sentidos para o quefazer dos seus alunos
e alunas. Ele deixará de ser um lecionador para ser um organizador do
conhecimento e da aprendizagem. Poderíamos dizer que o professor se tornou um aprendiz
permanente, um construtor de sentidos, um cooperador, e, sobretudo, um organizador
da aprendizagem. Não há ensino e aprendizagem fora da “procura, da boniteza
e da alegria”, dizíamos Paulo Freire. A
estética não está separada da ética. E elas se farão presentes quando houver
prazer e sentido no conhecimento que construímos. Por isso, precisamos também
saber o quê, por que e para que estamos aprendendo. Diante dos novos espaços
de formação, criados pela sociedade que usa intensivamente a informação e
as novas tecnologias, a escola, a universidade, os integra e articula. A escola
deixa de ser lecionadora para ser cada vez mais gestora da informação
generalizada, construtora e reconstrutora de saberes e conhecimentos
socialmente significativos. Portanto, ela tem o papel de articular a cultura, um
papel mais dirigente e agregador de pessoas, movimentos, organizações e
instituições. Na sociedade da informação, o papel social da escola foi
consideravelmente ampliado. É uma escola presente na cidade, criando novos conhecimentos
e relações sociais e humanas, sem abrir mão do conhecimento historicamente
produzido pela humanidade, uma escola científica e transformadora. Espero que o
professor de meus filhos e netos “ensine”, no significado etimológico da
palavra. Ensinar vem do latim insignare, que significa “marcar com um
sinal”, indicar um caminho, um sentido. Um bom professor deve ser um profissional
do sentido. Muitas de nossas crianças e jovens chegam hoje à escola e à
universidade sem saber porque estão aí. Não vêem sentido no que estão
aprendendo. Querem saber, mas não querem aprender o que lhes é ensinado. É aí
que entra o papel do professor que constrói sentido, transforma o obrigatório
em prazeroso, seleciona criticamente o que devemos aprender. Esse profissional
transforma informação em conhecimento porque o conhecimento é a informação que
faz sentido para quem aprende. Temos 97,9% das crianças e jovens de 7 a 14 anos na escola. Mas o
direito à educação não se resume na matrícula. É preciso permanência. Continuamos
ainda com uma evasão de 20%, o que provoca 40% de defasagem seriedade na
educação básica. E mais: é preciso que a criança aprenda na escola. O direito à
educação não é o direito de se matricular na escola, mas o direito de aprender
na escola. 6 Se qualidade de ensino é aluno aprendendo, é preciso que ele saiba
disso: é preciso “combinar” com ele, envolve - lo como protagonista de qualquer
mudança educacional. O fracasso de muitos projetos educacionais está no fato de
eles desconhecerem a participação dos alunos. O aluno aprende quando o
professor aprende; ambos aprendem quando pesquisam. Como diz Paulo Freire
(1997:32), “faz parte da natureza da prática docente a indagação, a busca, a
pesquisa”. Para melhorar a qualidade da escola pública é preciso investir
na formação continuada do professor. É fundamental reafirmar a dignidade
e a “boniteza” (Freire) dessa profissão, diante da desistência, da lamúria, do
desânimo e do malestar docente, provocado pela exaustão emocional, pela baixa
autoestima e pelo pouco reconhecimento social dessa profissão. Ao lado do
direito do aluno aprender na escola, está o direito do professor dispor de
condições de ensino e do direito de continuar
estudando. A qualidade da educação precisa ser encarada de
forma sistêmica: da cresce ao pósdoutorado. A educação só pode melhorar no seu
conjunto. “Nenhuma política educacional pode produzir resultados positivos sem
uma integração orgânica entre os diversos níveis de ensino, particularmente
entre a Educação Básica e o Ensino Superior” (Machado,
2007:279). Medidas isoladas não irão surtir efeito. Com o PDE, lançado em 2007,
tivemos algum avanço, sobretudo quando introduziu o Índice de Desenvolvimento
da Educação Básica (IDEB). O PDE compôs um conjunto de medidas e projetos fortemente
ancorados na idéia de que devemos ter parâmetros, medir, contar,
quantificar. Temos uma cultura de pouca precisão: “uma xícara disso, uma pitada
daquilo, tempero a gosto, etc”. Por isso somos muito criativos, inventivos, mas
essa cultura não fornece informações consistentes para tomar decisões. Temos
uma cultura do incomensurável, do imponderável. São raros os planos que apresentam
dados quantitativos. Não há estimativa dos recursos necessários para fazer
frente aos desafios e metas estabelecidas. Não se sabe quanto vai custar
implementar mudanças ou inovações educacionais. O PDE inverteu essa lógica. O
ponto mais original do PDE é o controle de metas objetivas, associando qualidade
e quantidade. Os dados quantitativos devem servir de base para estabelecer
metas e políticas, desde cada unidade escolar. Medir é importante na avaliação educacional.
Como sustenta Pedro Demo (1999:21), “é inviável avaliar sem dispor de escala de
contraste. Não podemos dizer se algo está mais acima ou mais abaixo, está
melhor ou pior, está para mais ou para menos, sem que tenhamos por trás escala
que permita posicionar”.
Muito bom. Estava procurando exatamente isso
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