IMPACTO DA GLOBALIZAÇÃO NO TRABALHO DO POVO BRASILEIRO
Trabalho a partir dos anos 90
Acadêmica: ____________________________________
Professor: Adelto Felipe
Centro Universitário Leonardo da Vinci- UNIASSELVI
Curso/Habilitação(HID-0187)- História
06/12/2011
RESUMO
Nos anos 90
a globalização teve maior impacto no Brasil com a
abertura comercial, que impulsionou o desenvolvimento interno. O Brasil entrou
no mercado internacional. Nesse período a economia brasileira passava por uma
série de crises incluindo a inflação que no final da década de 80 e início da
década de 90 no governo de Fernando Collor, a inflação chegou a 80% ao mês, e
os preços subiam diariamente. Brasil passa a adotar idéias liberais,
criando maior liberdade para a entrada de mercadorias e de investimentos
externos, derrubando assim, algumas barreiras protecionistas. A idéia era ter o
capital estrangeiro como ajuda para retomar crescimento
econômico. Alegava-se que a economia ia beneficiar as empresas nacionais,
estimulando o desenvolvimento e recuperação de alguns setores em atraso. Diante das
profundas transformações em curso na economia nacional, o mercado de trabalho
apresenta sinais de desestruturação, com uma nova onda de desemprego. Provocadas pelo retraimento, fechamento e desnacionalização
de empresas ao longo da cadeia produtiva, precisando cada vez mais de pessoas
aptas a realizar um trabalho mais elaborado. Diante do encolhimento dos
empregos no setor privado, decorrente da recessão dos anos 1990-92, o setor público passou a registrar, por
exemplo, uma maior quantidade de empregos do que a da indústria de
transformação. Será verificado como estará o setor do trabalho brasileiro em 2010.
Palavras-chaves:Globalização
no Brasil. Impacto no trabalho. Desemprego.
1-INTRODUÇÃO
Inicialmente será abordado o
impacto da Globalização no mercado de trabalho, visto que na década de 90 houve
várias mudanças, a mais importante, foi o alto índice de desemprego, essas
pessoas que perderam seus empregos por causa das privatizações, fechamento de
empresas e também por falta de
capacitação acabaram inchando o setor público. Neste percurso de estabilizar a
economia brasileira, no ano de 2010 será
verificado qual foi o avanço do mercado de trabalho.
2-DESENVOLVIMENTO
2.1-INÍCIO
DA GLOBALIZAÇÃO NO MUNDO
A Globalização no mundo teve seu
início com a Segunda guerra mundial e a criação do FMI que fortaleceu o início
do império dos Estados Unidos, pois eles ajudaram os países afetados pela
segunda guerra formando a ideologia de liberdade, rapidez, mudanças tecnológicas
e flexibilidade político-social. Base para o império do capitalismo americano e
a primeira visão do “mundo globalizado”. Com a queda do muro de Berlim,
aconteceram outras quebras de paradigmas, político-social e comercial em
diversos países emergentes que passaram a ter forte desenvolvimento. Nova
postura global, os Estados unidos começam a enfraquecer e o Japão se torna
potencia. Nos anos 90 a
globalização teve maior impacto no Brasil com a abertura comercial, mesmo sendo
ruim para as indústrias de manufaturados tecnológicos, impulsionou o
desenvolvimento interno e o Brasil entrou no mercado internacional. A
Globalização econômica trouxe às empresas uma necessidade de olhar para dentro
e fora, melhorar e repensar suas atividades, dada competitividade e o
acirramento da concorrência. As grandes transformações se dão devido às
aberturas econômicas internacionais e a necessidade de se buscar uma eficiência
e eficácia cada vez maior em razão do mercado cada vez mais acirrado.
2..2- AUMENTO DO DESEMPREGO NOS ANOS 90
No decorrer da “década neoliberal” ocorreu uma
“implosão” dos núcleos mais organizados da classe, com importantes categorias
de operários e empregados organizados tornando-se objeto de uma nova ofensiva
do capital na produção. É o caso, por exemplo, das categorias de metalúrgicos e
bancários, como vanguardas da resistência sindical. As bases sindicais de tais
contingentes de trabalhadores assalariados, categorias importantes para a dinâmica
da luta de classes no país, tiveram no decorrer dos anos 1990 perdas
significativas de postos de trabalho, seja devido à nova ofensiva do capital na
produção, seja devido à política neoliberal (ALVES, 1995, p. 109).
Não é de agora que o Brasil apresenta transformações
tecnológicas que se manifestam na sociedade brasileira. Mas foi desde 1990 que
a globalização teve maior impacto. Nesse período a economia brasileira passava
por uma série de crises: déficit público elevado; escassez de financiamento
para atividade produtiva e para ampliação de infra-estrutura; inflação; no
final da década de 80 a
inflação chegou a 80% ao mês, e os preços subiam diariamente.
Parte dos empregos formais perdidos na década de 90 resultariam, de um lado, do movimento de reestruturação nas empresas decorrente da introdução de novos fundamentos competitivos, marcados pelo aumento da produtividade do trabalho e pela maior inserção externa, com alteração no processo de reestruturação nacional. Na realidade, podem-se observar tanto a destruição quanto a reestruturação de partes da estrutura produtiva. Esse múltiplo movimento tem produzido maior heterogeneidade da base econômica, com modernização seletiva e contida de grandes empresas internacionalizadas — na ponta — e retraimento, fechamento e desnacionalização de outras ao longo da cadeia produtiva, havendo a substituição de produtos intermediários e de bens de capital produzidos internamente por importados. Assim, parte da produção nacional estaria sendo perdida, fazendo com que o aumento da produção interna não atuasse positivamente, como no passado, sobre o nível de emprego, mas sobre o aumento das importações. Ao mesmo tempo, outra parte da produção nacional passa por uma fase de reestruturação, que pouco pode estimular positivamente o emprego nacional. Essa situação pode se manter enquanto as finanças internacionais forem favoráveis, pois, a qualquer mudança mais grave, o País terá, no endividamento externo, dificuldades adicionais para continuar financiando o seu déficit no balanço de pagamentos, colocando em xeque o modelo econômico de reinserçâo externa.
Parte dos empregos formais perdidos na década de 90 resultariam, de um lado, do movimento de reestruturação nas empresas decorrente da introdução de novos fundamentos competitivos, marcados pelo aumento da produtividade do trabalho e pela maior inserção externa, com alteração no processo de reestruturação nacional. Na realidade, podem-se observar tanto a destruição quanto a reestruturação de partes da estrutura produtiva. Esse múltiplo movimento tem produzido maior heterogeneidade da base econômica, com modernização seletiva e contida de grandes empresas internacionalizadas — na ponta — e retraimento, fechamento e desnacionalização de outras ao longo da cadeia produtiva, havendo a substituição de produtos intermediários e de bens de capital produzidos internamente por importados. Assim, parte da produção nacional estaria sendo perdida, fazendo com que o aumento da produção interna não atuasse positivamente, como no passado, sobre o nível de emprego, mas sobre o aumento das importações. Ao mesmo tempo, outra parte da produção nacional passa por uma fase de reestruturação, que pouco pode estimular positivamente o emprego nacional. Essa situação pode se manter enquanto as finanças internacionais forem favoráveis, pois, a qualquer mudança mais grave, o País terá, no endividamento externo, dificuldades adicionais para continuar financiando o seu déficit no balanço de pagamentos, colocando em xeque o modelo econômico de reinserçâo externa.
2.3-INCHAÇO DO SETOR PÚBLICO EM 90 E 92
Diante do encolhimento dos empregos no setor privado,
decorrente da recessão dos anos 1990-92, o setor público passou a registrar,
uma maior quantidade de empregos do que a da indústria de transformação. Os
esforços no sentido de comprimir o total dos gastos com pessoal no setor
público podem estar mais presentes no período recente, como forma de compensar,
em parte, a expansão das despesas com encargos financeiros e demais gastos
promovidos, sobretudo, com a estabilidade monetária. As alternativas da
demissão de funcionários públicos não estáveis pelo Poder Executivo Federal, da
adoção de programas de demissão voluntária, de fechamentos de organismos
estatais, da privatização e da aprovação da reforma administrativa indicam uma
firme intenção governamental no sentido do enxugamento de pessoal. Por conta
disso, o setor público tem enfraquecido ainda mais o seu papel decisivo na
geração de emprego no País. Na década de
90 , a redução do emprego nas empresas privadas, provocou a concentração dos
trabalhadores no setor público, mas nesse período impõe regras rígidas no gasto
público e maiores facilidades de demissão.
Nesse período existia mais pessoas trabalhando para o setor público do que para
empresas privadas. Conforme o mercado foi se estabilizando foram surgindo
maneiras de fazer o mercado brasileiro ficar mais competitivo e uma dessas
tentativa foi a terceirização da produção, visando a redução dos custos,
despesas e também de encargos trabalhistas, pois com a redução dos custos o
valor final do produto ficaria menor.
2.4- LEVANTAMENTO DO SETOR DO TRABALHO EM 2010
Um dos fatos
mais marcante do mercado de trabalho brasileiro na última década foi o
crescimento vigoroso do emprego formal. O contraste com o desempenho no fim dos
anos 90 torna esse fato ainda mais interessante. Corseuil, Moura e Ramos (2010)
reportam que a taxa anual média de crescimento do emprego formal foi de apenas
358 mil postos de trabalho entre 1995 e 1999, passando para 1,13 milhões entre
1999 e 2003, e quase atingiu a marca de 2 milhões de postos de trabalho gerados
por ano entre 2003 e 2007. Ao longo desse período os procedimentos de inspeção
do trabalho no Brasil sofreram também importantes mudanças em diversas dimensões,
tornando-se em geral mais eficazes. A fiscalização do trabalho passou a ter
mais orientação sobre o foco das suas ações, maiores incentivos para trabalhar
mais intensamente e mais recursos para solucionar irregularidades constatadas.
Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados CAGED – Lei 4.923/65 Síntese do
Comportamento do Mercado de Trabalho Formal Brasil – Dezembro De 2010
No mês de dezembro de 2010, verificou-se uma
redução de 407.510 postos de trabalho ou declínio de 1,15%, tomando como referência
o estoque do mês anterior. Tradicionalmente, os dados do CAGED evidenciam uma
marcada sazonalidade negativa (entressafra agrícola, término do ciclo escolar,
esgotamento da bolha de consumo no final do ano, fatores climáticos) no mês de
dezembro, que permeia quase todos os subsetores de atividade econômica e
Unidades da Federação.
Os únicos setores que elevaram o nível de
emprego foram o Comércio (+14.411 postos ou +0,18%) e os Serviços
Industriais de Utilidade Pública (+557 postos ou +0,15%).A Indústria
de Transformação (-152.978 postos ou -1,90%) foi o setor que
registrou a maior perda de postos de trabalho.
2.5-CONCLUSÃO
Nesse
trabalho foi evidenciado os problemas no setor trabalhista brasileiro desde o
início da abertura comercial que ocorreu na década de 90, no governo de
Fernando Collor. Devido a crise econômica ampliada com a globalização muitas
pessoas ficaram desempregadas, não tendo trabalho nas empresas privadas, visto
que muitas empresas frearam seu desenvolvimento, ou fecharam por não conseguir
competir com as multinacionais que invadiam o mercado brasileiro. Essas pessoas
ficaram desempregadas também por não ter a qualificação necessária para assumir
cargos que necessitavam de uma maior especialização. O governo na tentativa de diminuir
a taxa de desemprego provoca o inchaço do setor público.
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