sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA



RESUMO DO LIVRO

DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA


Definições de didática:

João Amost Comenius: “A didática é a arte de ensinar tudo a todos. Ele é o pai da didática.
Rousseau: Acredita que as pessoas nascem boas, mas a sociedade corrompe.
Pestalozzi: para ele os princípios e as condições ambientais favorecem o desenvolvimento harmônico das crianças.
Herbart: defendeu ideia de que o objetivo da pedagogia e o desenvolvimento do caráter moral.
John Dewey: da educação tradicional à escola nova.
Didática- arte ou técnica de ensinar, fazer, aprender, instruir. Retratado por autores na atualidade, que enfatizam que a didática se preocupa com as condições de ensino e aprendizagem e as relações entre professores e alunos.
José Carlos Libâneo - livro didática: didática é a disciplina que estuda o processo de ensino no seu conjunto, no qual os objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas da aula se relacionam entre si, de modo a criar as condições e os modos de garantir aos alunos uma aprendizagem significativa.
Didática é uma disciplina que se preocupa com o processo de ensinar e aprender, sem perder de vista as finalidades sociopolíticas pedagógicas e humanas que fazem parte da educação.
Libâneo: a educação, ou seja, a prática educativa, é um fenômeno social e universal, sendo uma atividade humana necessária a existência e funcionamento de todas as sociedades.
O trabalho docente sendo manifestado na prática educativa estão presentes interesses de toda ordem sociais- políticas, econômicos- culturais-que precisam ser compreendidos pelos professores. Não se esquecendo que as relações sociais podem ser transformados pelos próprios indivíduos que a integram.
1-A didática no Brasil teve seu início com os jesuítas, em 1549 com a chegada dos Jesuítas, seu método “Ratio Studiorum”. Em 1599 propunha um ensino que abrangesse três cursos: humanistas, filosóficos e teológicos. Com  esse método os jesuítas passaram a investir nos filhos dos colonos para formar futuros padres e a elite nacional, aos índios restava apenas a catequese, o que era um instrumento fundamental para que esses se tornassem mais dóceis. Portanto, os índios, pobres, negros e mulheres eram excluídos do processo educacional como um todo sendo a educação formal um privilégio exclusivo da elite.
2-Pedagogia Tradicional Leiga: autor mais conhecido dessa época foi Hebart-nesta pedagogia o relacionamento professor-aluno é hierárquico e autoritário - a disciplina é a forma de garantir a atenção, silêncio e a ordem.
Em 1932 contrapondo a pedagogia tradicional é promovido pelo movimento escolanovista, dando lçançamento ao manifesto dos Pioneiros da Escola Nova. No ano de 1934 a Didática aparece pela primeira vez como disciplina dos cursos de formação de professores em nível superior, na recém-criada faculdade de filosofia, ciência e Letras da Universidade de São Paulo.
3-A partir da década de 60 do século XX, a Escola Nova começa a perder sua força, pois entra em cena a Pedagogia Tecnicista. A eficiência e a eficácia do processo ensino-aprendizagem passam a ser as preocupações básicas. O ensino é compartimentalizado, fragmentado e também dissociado da realidade sociopolítica, aumentando ainda mais a distência entre a teoria e a prática. O professor é o mero executor de planejamentos preconcebidos.
4-Decada de 80 pedagogias Criticas:como ensinar é tão importante quanto o para que ensinar.
TENDÊNCIA PEDAGÓGICAS:
Pedagogia liberal ou não critica: (tradicional, renovada progressista, escola nova e tecnicista),esta tendência tem com principal objetivo preparar o ser humano par exercer o seu papel social para uma melhor convivência em sociedade, onde ele deve aprender que a desigualdade é fruto da própria sociedade. Não questiona a sociedade.
Pedagogia progressista ou crítica: entende a educação como parte do processo social, uma manifestação que tem caráter intelectual e que só a educação e a escola talvez não sejam capazes de neutralizar os seus efeitos negativos, visto que o seu principal objetivo é inserir o indivíduo no processo político e na sua participação nas mudanças significativas para o desenvolvimento social. A educação não é neutra. (Freire)
A ultima tendência progressista, surge entre o final dos anos 70 e início dos anos 80 do século XX. A Escola pública cumpre a sua função social e política, assegurando a difusão dos conhecimentos sistematizados a todos, com Condições para a efetiva participação do povo nas lutas sociais. (Saviani)
OBJETIVOS EDUCACIONAIS:
QUANDO TEMOS OBJETIVOS TRAÇADOS, SABEMOS MAIS FACILMENTE QUE TIPOS DE METODOLOGIAS OU PROCEDIEMNTOS DEVEMOS USAR, E EM QUAL MOMENTO UNS SÃO MAIS ADEQUADOS DO QUE OUTROS.
OBJETIVOS GERAIS: são os mais abrangentes- papel da escola e do ensino em relação `sociedade.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: são para uma aula, expectativa em relação ao aluno.
Conteúdos de ensino: são expressos nos programas oficiais, nos livros didáticos, nos planos de ensino e de aula, nas aulas, nas atitudes e convicções do professor, nos exercícios, nos métodos e formas de organização do ensino(Libâneo).o conteúdos de ensino compõe-se de quatro elementos: conhecimentos sistematizados, habilidades e hábitos, atitudes, convicções.
A três critérios básicos para orientar a organização dos conteúdos: a continuidade, a seqüência e a integração.
PLANEJAMENTO:É a previsão das situações específicas do professor com sua turma, levando em consideração a história desses alunos e a realidade na qual estão inseridos, deve ser flexível.
Planejamento escolar: é o planejamento geral das atividades de uma unidade escolar ele está expresso no PPP.
Plano de ensino:é um roteiro organizado das unidades didáticas a serem objeto de estudo de uma disciplina durante um ano ou semestre letivo.(justificativa, conteúdo, objetivos e desenvolvimento metodológico.
Plano de aula: é um detalhamento do plano de ensino feito pelo professor.
O projeto de ensino e aprendizagem : justificativa, objetivos gerais e específico, referencial teórico, metodologia e referências bibliográficas.
AVALIAÇÃO: é uma ação continuada e dialética do processo educacional, a avaliação busca a formação integral do sujeito. A avaliação é observação, reflexão, criação, comunicação, convívio, decisão e ação.
A avaliação na pedagogia tradicional ou tecnicista sempre foi classificatória.
Conceitos de avaliação:
Thorndike e Hagen- a avaliação em educação significa descrever algo em termos de atributos selecionados e julgar o grau de aceitabilidade do que foi descrito. O algo, que deve ser descrito e julgado, pode ser qualquer aspecto educacional, mas é tipicamente: um programa escolar; um procedimento curricular ou o comportamento de um indivíduo ou de um grupo.
Bradfield e MOredock- propõe que avaliação significa atribuir um valor a uma dimensão mensurável do comportamento em relação a um padrão de natureza social ou científica.
Sarubbi- a avaliação educativa é um processo complexo, que começa com a formulação de objetivos e requer a elaboração de meios para obter evidências de resultados, interpretação dos resultados para saber em que medida foram os objetivos alcançados, e formulação de um juízo de valor.
Bloom, Hasting e Madaus-  a avaliação é um sistema de controle qualidade, pelo qual pode ser determinada, etapa por etapa do processo de ensino-aprendizagem, a afetividade ou não do processo e, em caso negativo, que mudanças devem ser feitas para garantir sua efetividade, e ainda um instrumento da prática educacional para verificar se procedimentos alternativos são ou não igualmente efetivos ao alcance de um conjunto de fins educacionais.
1ºAVALIAÇÃO CLASSIFICATÓRIA:preocupa
-se com  o rendimento escolar, para permitir a graduação dos alunos. Nessa avaliação a preocupação é só dar notas.
2ºOBJETIVIDADE- avaliação objetiva que não ficasse tão à mercê da subjetividade dos professores, que, a seu bel prazer classificavam os alunos.
3ºTyler- mudanças de conduta, cabendo a avaliação constatar o efetivo alcance ou não desses objetivos.
ATUALMENTE: A AVALIAÇÃO TENDE A SER ENTENDIDA COMO RECURSO PAR FORNECER INFORMAÇÕES E NÃO COMO UM FIM EM SI MESMO. AS INFORMAÇÕES COLHIDAS NO PROCESSO DE AVALIAÇÃO SÃO JULGADAS, CONSIDERANDO-SE AS CIRCUNSTÂNCIAS DO OBJETO AVALIADO E CRITÉRIOS DE VALORAÇÃO.a avaliação  ocorre assume maior importância do que as notas ou classificações escolares.
Mitos sobre a avaliação da aprendizagem
1-escola boa é aquela que exige muito pela disciplina
2-o bom professor é aquele que reprova muito.
3-a maior parte das deficiências dos alunos decorre das carências que eles trazem de casa. De nada adianta ficarmos culpando a própria criança ou sua família.
4-A democracia exige o respeito aos códigos socioculturais e às diferenças individuais. Devemos ter maior respeito pela individualidade e o maior apreço pela herança sociocultural de nossos alunos, mas não se esquecendo que eles viverão em uma sociedade movida pela lógica das ciências e das letras. Tem que se prepararem.
5-avaliar é muito fácil e qualquer um pode fazê-lo.
6-avaliar é tão complicado que se torna praticamente impossível faze-lo corretamente.
7-é preciso eliminar os aspectos quantitativos da avaliação. Não o aspecto quantitativo e o qualitativo nunca serão totalmente descartados.
8-nas escolas avalia-se apenas conhecimento adquiridos pelo aluno, desprezando os aspectos de seu amadurecimento físico e emocional. Nossos alunos são seres intelectuais, mas também o são efetivos, físicos, psicomotores, etc.
Princípios da avaliação:
Haydt:
Contínuo- ao longo de todo processo
Funcional- verificar o alcance ou não dos objetivos
Orientadora- indica as dificuldades e os avanços do alunos.
Integral- o aluno como ser integral deve ser avaliado em todas as dimensões, comportamentais, cognitivos, afetivos, até psicomotores.
Avaliação dialógica: tem as seguintes etapas, identificar do que vai ser avaliado, negociação e estabelecimento dos padrões, construção dos instrumentos de medidas e avaliação, procedimento da medida e da avaliação, e análise dos resultados e tomada de decisão quanto aos passos.
FUNÇOES DA AVALIAÇÃO
DIAGNÓSTICA: ATRAVÉS DA OBSERVAÇÃO, DO DIÁLOGO E DE OUTRAS ESTRATÉGIAS, FAZ-SE UMA SONDAGEM DA SITUAÇÃO CONCRETA E DOS SUJEITOS ENVOLVIDOS. O CONHECIMENTO DO AMBIENTE DA CARACTERÍSTICA DA TURMA, HABILIDADES E CONHECIMENTOS PRÉVIOS DOS ALUNOS SÃO CONDIÇÕES INDISPENSÁVEIS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE ENSINO CONSEQUENTES.
FORMATIVA:PERMITE QUE ALUNOS E PROFESSORES PERCEBAM SEUS ERROS E ACERTOS, ESSA FUNÇÃO DA AVALIAÇÃO PERMITE QUE SE TRACE UM QUADRO GERAL DO RENDIMENTO DA APRENDIZAGEM NO DECORRER DOS DIAS LETIVOS PARA QUE, SE NECESSÁRIO, SE TOMEM PREVIDÊNCIAS EM TEMPO HÁBIL.
SOMATIVA:objetiva averiguar o progresso do aluno ao final de uma unidade didática, determinando o nível de domínio em uma determinada área de aprendizagem. Representa uma espécie de balanço final e a análise é transformada em parecer descritivo ou nota.
TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO:OBSERVAÇÃO, AUTOAVALIAÇÃO, APLICAÇÃO DE TESTES OU PROVAS
OBSERVAÇÃO:observa os alunos realizando exercícios em sala, participando de trabalhos em grupo, realizando atividades de pesquisa, participando da aula, formulando questões, brincando etc.
AUTOAVALIAÇÃO: essa prática cria um ambiente mais participativo, democrático e ajuda a responsabilizar mais o educando por sua aprendizagem, pois o conscientiza de seus avanços, limites e necessidades.
PORTIFÓLIOS: conjunto de trabalhos produzidos pelos alunos durante um determinado período de tempo e logicamente organizados. Como prova ou evidência de aprendizado.
APLICAÇÃO DE PROVAS :prova oral, prova escrita dissertativa, prova escrita de questões objetivas.
Prova oral- verificar pronúncia, entonação, pontuação e a fluência.
Prova dissertativa :respondem com suas próprias palavras.
Prova objetiva :se preocupa com a extensão dos conhecimentos e habilidades, difícil na hora de preparar, mas facilita a correção.
MÉTODOS E PROCEDIMENTOS DE ENSINO:
MÉTODOS
Método de ensino: um conjunto de procedimentos, ações, passos utilizados pelo professor e pelos alunos para alcançar seus objetivos em relação à aprendizagem. A atividade de explicar a matéria corresponde o método de exposição: à atividade de estabelecer uma conversação ou discussão com a classe corresponde o método de elaboração conjunta. Já os alunos, sujeitos do processo de aprendizagem, também se utilizam de métodos de assimilação de conhecimentos.

Procedimentos de ensino: ações, processos ou comportamentos, planejados pelo professor, para colocar os alunos em contato direto com as coisas, fatos ou fenômenos que lhes possibilitem modificar sua conduta, em função dos objetivos previstos.
CULTURA: É CULTIVO, o complexo dos padrões de comportamento das crenças, das instituições e de outros valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e característicos de uma sociedade ou civilização.
VISUAL: adjetivo referente a vista ou a visão.
A CULTURA VISUAL: se relaciona com características pertinentes ao repertório imagético produzido em um determinado período histórico.
Analisar as imagens relacionadas ‘a cultura visual seria uma maneira de examinar a produção e o “cultivo” de uma determinada cultura.
Podemos pensar que não só as imagens oriundas das instituições como museus e galerias que abrigam obras consideradas da alta cultura fazem parte da cultura visual do homem ocidental meios de comunicação de massa como as veiculadas em jornais, revistas e na mídia televisiva.
Os teóricos da cultura visual acreditam que toda imagem seja produzida dentro de uma cultura, portanto estuda-la e analisa-la pode servir como um instrumento para compreendê-la melhor.
Devermos pensar que a imagem também é texto e deve ser examinada como tal. Independente de ter sido criada por um pedestre desavisado que portava uma câmara em sua bolsa.
Para que possamos realizar uma boa leitura de uma imagem devemos confrontá-la com diversos textos relacionados a ela. Vamos então observar o Renascimento na Itália e um dos grandes temas da história da arte Ocidental. Quando pensamos a respeito deste período nos recordamos automaticamente do famoso afresco realizado no século XV por Leonardo da Vinci, em Milão, para o Duque Ludovico.
TRANSFORMAÇÃO DO OLHARA DO OCIDENTE:
De acordo com a filósofa Hannah Arendt(2009. P. 260)” no linear da era moderna há três grandes eventos que lhe determinaram o caráter:a descoberta da América e subseqüente exploração de toda a terra; a Reforma(...); e a invenção do telescópio”.
O termo latino documentum é derivado de docere que significa ensinar. De acordo com historiador Le Goff (1996) é apenas no século XII que ocorre a difusão, na linguagem jurídica francesa, do sentido moderno atribuído ao documento como um testemunho escrito.
Arte e história podem se contados de mofo a ampliar os horizontes da formas interpretativas, estabelecendo uma união entre o processo criativo de professores e artistas, fazendo com que a arte esteja presente em muitos passos executados pelo professor-pesquisador.
A Revista dos Annales congregou uma série de historiadores por diversas gerações, cujas investigações foram fundamentais para o delineamento e a reconfiguração da própria disciplina histórica.
Michel Foucault viveu na França da década de sessenta, no século XX, presenciado a ebulição representada pela contracultura em um momento importantíssimo e decisivo para os estudos da história cultural. Ele afirma: “sonho como o intelectual destruidor das evidências e das universalidades”.
Contracultura: período em que o universo da cultura jovem sacudiu a atmosfera intelectual, através do questionamento dos cânones tradicionais de comportamento.
No livro intitulado “história da Loucura”, publicado em 1961, Foucault se esforça em mostrar como foi forjada a compreensão que distingue a loucura da não razão no pensamento ocidental do século XVII.
Na obra Herculine Barbin, Foucault (1980) analisa a história de Adelaide Herculine Barbin, uma menina órfã hermafrodita transgressora das normas sociais vigentes.
O discurso científico gradativamente foi forjando um homem racionalizado, que aspirava aos ideais de um mundo organizado por um raciocínio logocêntrico.
PRESSUPOSTO DA ICONOLOGIA: É importante nos lembrarmos de que devemos relacionar os textos escritos às imagens analisadas. Por este motivo é imprescindível destacarmos que a obra produzida por Leonardo da Vinci é fruto de uma passagem bíblica. No capitulo 14, versículo 18 do Evangelho de São Marcos lemos a seguinte frase preferida por Jesus Cristo naquela ocasião: “Em verdade vos digo, um de vós que come comigo há de me entregar”. Santa Ceia- Leonardo da Vinci - agora podemos perceber que os apóstolos parecem atordoados pela notícia e comentam a afirmação reagindo de formas distintas, com espanto, resignação, indignação ou tristeza...
Esta passagem é muito importante para a cultura ocidental cristianizada e adquiriu, portanto, diferentes representações e interpretações ao longo da história da Arte no Ocidente.
É interessante percebermos as diversas interpretações concedidas ‘a mesma imagem.
Literário chamado Roland Barthes, que diz: “O texto clássico é pensativo: cheio de sentido, parece sempre reservar um único sentido.”
Cabe ao professor de história sensibilidade em relação a este tipo de fonte, como também sensibilizar os alunos para as histórias que uma imagem pode contar.
Uma IMAGEM pode conter inúmeras narrativas além de uma série de discursos e práticas apresentadas em suas dobras.
Imagens contemporâneas - podemos observar o renascimento do antigo, quando antigas imagens parecem estar contidas na imagem a ser observada, como, por exemplo, as bailarinas concebidas pelo pintor Edgar Degas no final do século XIX, que desconectados do cenário em que foram pintadas, podem aparecer em uma propagando televisiva com o intuito de vender sabonetes...
Cabe ao professor: problematizar estas questões relacionadas aos diferentes contextos em que as imagens estão inspiradas.
Muitas delas fazem parte do universo de investigador de sua própria cultura deve instigar os alunos a perceber as relações e distintas abordagens das imagens nos diferentes períodos históricos.
O educador pode instigar os alunos a compreenderem como as imagens forma utilizadas pelas diversas instâncias culturais, desde a moderna indústria de produção de bens de massa até os escritos dos Eruditos Neoplatônicos da corte dos Médice, ainda no Renascimento.
Portanto um texto pode ser apropriado de diferentes formas em diversos momentos da história.
Cabe ao educador, junto aos alunos tornar esse processo perceptível de modo a contribuir para a construção de um conhecimento produzido através da pesquisa histórica, aliada a análise sensível de modo a tornar o processo de aquisição de conhecimento um momento imprescindível para a formação do senso crítico e do espírito investigativo dos educando.
A produção artística - cultural é de suma importância no ensino de história.
CONTEMPORANEIDADE:
DE acordo com Sennet(1988), entre o século XX e XXI, ocorre a distinção entre o que ele entende por Homo Politicus e o hormo psychologicus. Esse último voltaria suas preocupações apenas para questões individuais em detrimento da coletividade.
A indústria do espetáculo pode levar o espectador a uma postura robótica e desinteressada frente à quantidade de imagens exibidas pelas mais diversas mídias.
O espanhol Hernandes (2007) destaca a importância da utilização de imagens publicitárias pelos educadores de modo a provocar a identificação dos alunos com as imagens.
De acordo com o historiador francês Ferro (1979) “ a linguagem cinematográfica é uma sucessão de seleções, de escolhas”, portanto esse processo de manipulação da imagem deve ser destacado pelo professor, de modo que o aluno desenvolva o senso crítico e perceba o processo de criação de imagens.
Moran destaca três características do mau uso do vídeo em sala de aula: vídeo tapa-buraco, vídeo -enrolação e só-vídeo.
O pape3l do educador na contemporaneidade é provocar no aluno o raciocínio crítico, para que analise as imagens como fragmentos multifacetados, podendo ser realizada por meio de diversas linguagens artísticas.
O escritor Perec (1997) reivindica, em contraposição ao extraordinário exposto pela mídia, a valorização do que denomina de infraordinário, isto é, das imagens possibilitadas por eventos corriqueiros e banais.
Para o filósofo Maffesoli (2003), há momentos em que a grande história dá lugar às pequenas histórias vividas no dia a dia”, portanto, é necessário que o professor ressalte a relevância das imagens diárias e compreenda o significado dos traços aparentemente menos importante.
O educador deve emprega a vivência dos alunos e a aparente banalidade presente no cotidiano com suas imagens e sons para compreender a importância do vivido e das histórias pessoais.

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