26/02/13
REPÚBLICA DO BRASIL: REPÚBLICA DA ESPADA
O Império do Brasil, ficou ainda mais enfraquecido com
a abolição dos escravos em 1888, visto que os grandes cafeicultores
escravocratas, perderam sua mão de obra.
O café era nosso principal produto de exportação, além de apresentar-se
como o maior empregador e dinamizador da economia interna. Por isso, os
interesses dos cafeicultores estavam sempre em primeiro plano, durante o
período do Brasil Império. Outros descontentes com o império eram os grupos
urbanos dos mais humildes aos mais abastados, também não se consideravam
representados pelo império. O descontentamento só crescia, quando uma junta
militar encabeçada por Deodoro da Fonseca tomou o poder no Brasil entre 1889 e
1894, instituindo a República. O governo provisório foi instituído por Deodoro
da Fonseca como presidente e Floriano com vice, que tinham como obrigação
elaborar uma nova Constituição e até mesmo uma consulta popular sobre qual
regime o povo considerava o melhor para o Brasil: República ou Monarquia (que,
aliás acabou por ocorrer somente 104 anos após a proclamação da república, em
1993). Houve uma eleição que a princípio
deveria ser direta, mas o que aconteceu foi eleições indiretas, que confirmaram
Deodoro e Floriano no poder.
Esse período de governo ficou conhecido como a
República das espadas. Deodoro em 1891 é forçado pela primeira revolta armada
na baía de Guanabara comandada pelo almirante, Cústódio de Melo, que ameaçava
bombardear o Rio de Janeiro, a deixar o poder e quem assume é o vice Floriano, nessa
época havia vários problemas políticos, como desemprego, atritos com as
oligarquias cafeeira, que queria o poder e a inflação estava crescente. Floriano
Peixoto assumiu a presidência, e entre seus atos, estatizou a moeda, com uma
emissão de moeda-ouro estável, estimulou a indústria, para promover o emprego,
com isso baixou o preço de imóveis e alimentos, com o salário justo. Floriano
também repreendeu movimentos monarquistas e entre seus atos, proibiu o Jornal
do Brasil, na época com inclinações monarquistas, de circular até o final de
seu governo, pois não era monarquista. Floriano Peixoto ficou conhecido como
Marechal de Ferro, pela sua dureza que abafou a revolta da segunda armada, que
era composta por revoltosos da marinha, almirantes Saldanha
da Gama, Eduardo Wandenkolk e Custódio de Melo, ex-ministro da Marinha e candidato declarado à
sucessão de Floriano. Sua adesão refletia o descontentamento da Armada com o
pequeno prestígio político da Marinha.
A República da Espada significou um período de
transição, onde o poder político fora preparado para as oligarquias. A partir
desse momento, as novas figuras da elite nacional assumiram um regime que só se
demonstrava liberal no campo das teorias. Na prática, a violência e a exclusão
contra as camadas populares perpetuaram uma série de vícios e desmandos
encontrados ainda hoje.
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