sábado, 27 de abril de 2013


26/02/13 REPÚBLICA DO BRASIL: REPÚBLICA DA ESPADA

O Império do Brasil, ficou ainda mais enfraquecido com a abolição dos escravos em 1888, visto que os grandes cafeicultores escravocratas, perderam sua mão de obra.  O café era nosso principal produto de exportação, além de apresentar-se como o maior empregador e dinamizador da economia interna. Por isso, os interesses dos cafeicultores estavam sempre em primeiro plano, durante o período do Brasil Império. Outros descontentes com o império eram os grupos urbanos dos mais humildes aos mais abastados, também não se consideravam representados pelo império. O descontentamento só crescia, quando uma junta militar encabeçada por Deodoro da Fonseca tomou o poder no Brasil entre 1889 e 1894, instituindo a República. O governo provisório foi instituído por Deodoro da Fonseca como presidente e Floriano com vice, que tinham como obrigação elaborar uma nova Constituição e até mesmo uma consulta popular sobre qual regime o povo considerava o melhor para o Brasil: República ou Monarquia (que, aliás acabou por ocorrer somente 104 anos após a proclamação da república, em 1993).  Houve uma eleição que a princípio deveria ser direta, mas o que aconteceu foi eleições indiretas, que confirmaram Deodoro e Floriano no poder.
Esse período de governo ficou conhecido como a República das espadas. Deodoro em 1891 é forçado pela primeira revolta armada na baía de Guanabara comandada pelo almirante, Cústódio de Melo, que ameaçava bombardear o Rio de Janeiro, a deixar o poder e quem assume é o vice Floriano, nessa época havia vários problemas políticos, como desemprego, atritos com as oligarquias cafeeira, que queria o poder e a inflação estava crescente. Floriano Peixoto assumiu a presidência, e entre seus atos, estatizou a moeda, com uma emissão de moeda-ouro estável, estimulou a indústria, para promover o emprego, com isso baixou o preço de imóveis e alimentos, com o salário justo. Floriano também repreendeu movimentos monarquistas e entre seus atos, proibiu o Jornal do Brasil, na época com inclinações monarquistas, de circular até o final de seu governo, pois não era monarquista. Floriano Peixoto ficou conhecido como Marechal de Ferro, pela sua dureza que abafou a revolta da segunda armada, que era composta por revoltosos da marinha, almirantes Saldanha da Gama, Eduardo Wandenkolk e Custódio de Melo, ex-ministro da Marinha e candidato declarado à sucessão de Floriano. Sua adesão refletia o descontentamento da Armada com o pequeno prestígio político da Marinha.
A República da Espada significou um período de transição, onde o poder político fora preparado para as oligarquias. A partir desse momento, as novas figuras da elite nacional assumiram um regime que só se demonstrava liberal no campo das teorias. Na prática, a violência e a exclusão contra as camadas populares perpetuaram uma série de vícios e desmandos encontrados ainda hoje.

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